quinta-feira, 3 de outubro de 2013

“Somos queijo gorgonzola”  hummmmm

Estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, estamos envelhecendo, só ouço isto. No táxi, no trânsito, no banco, só me chamam de senhora. E as amigas falam “estamos envelhecendo”, como quem diz “estamos apodrecendo”. Não estou achando envelhecer esse horror todo. Até agora. Mas a pressão é grande. Então, outro dia, divertidamente, fiz uma analogia. O queijo Gorgonzola é um queijo que a maioria das pessoas que eu conheço gosta. Gosta na salada, no pão, com vinho tinto, vinho branco, é um queijo delicioso, de sabor e aroma peculiares, uma invenção italiana, tem status de iguaria com seu sabor sofisticadíssimo, incomparável, vende aos quilos nos supermercados do Leblon, é caro e é podre. É um queijo contaminado por fungos, só fica bom depois que mofa. É um queijo podre de chique. Para ficar gostoso tem que estar no ponto certo da deterioração da matéria. O que me possibilita afirmar que não é pelo fato de estar envelhecendo ou apodrecendo ou mofando que devo ser desvalorizada. Saibam: vou envelhecer até o ponto certo, como o Gorgonzola. Se Deus quiser, morrerei no ponto G da deterioração da matéria. Estou me tornando uma iguaria. Com vinho tinto sou deliciosa. Aos 50 sou uma mulher para paladares sofisticados. Não sou mais um queijo Minas Frescal, não sou mais uma Ricota, não sou um queijo amarelo qualquer para um lanche sem compromisso. Não sou para qualquer um, nem para qualquer um dou bola, agora tenho status, sou um queijo Gorgonzola. Maitê Proença

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

PAOLA

Naquele lado do paraíso existe um lugar chamado Ponte do Arco-Íris.

Quando um animal morre, aqueles que foram especialmente queridos por alguém, vai para a Ponte do Arco-Íris.
Lá existem campos e colinas para todos os nossos amigos especiais, pois assim eles podem correr e brincar juntos.
Lá existe abundância de comida, água, e raios de sol, e nossos amigos estão sempre aquecidos e confortáveis. 
Todos os animais que já ficaram doentes e velhinhos estão renovados com saúde e vigor; aqueles que foram machucados ou mutilados estão perfeitos e fortes novamente, exatamente como nós nos lembramos deles nos nossos sonhos.

Os animais estão felizes e alegres, exceto por uma coisinha: Cada um deles sente saudades de alguém muito especial, alguém que foi deixado para trás.
Todos eles correm e brincam juntos, mas chega um dia quando um deles para de repente e olha fixo na distância.
Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo impaciente começa a tremer levemente. De repente, ele se separa do grupo, voando por sobre a grama verde, mais e mais rápido.
Você foi visto e quando você e seu amigo especial finalmente se encontrarem ficarão unidos num reencontro de alegria, para nunca mais se separar.
Os beijos de felicidade vão chover na sua face; suas mãos vão novamente acariciar tão amada cabecinha, e você vai olhar mais uma vez dentro daqueles olhos cheios de confiança, que há muito tempo haviam partido da sua vida, mas que nunca haviam se ausentado do seu coração.
Então vocês, juntos, cruzarão a ponte do Arco-Íris.




"Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz."

terça-feira, 23 de julho de 2013

Por toda a minha vida...




Por toda a minha vida...

Você é o nó no meu cabelo.
O esmalte descascado na minha unha,

as olheiras no meu rosto.

























É o brinquedo na gaveta de roupas,
o amassado nas páginas do meu livro,
o rasgado no meu caderno de anotações.
É o melado no controle remoto, o canal de televisão,
o filme no DVD.
É o farelo no sofá,
As tesouras no alto.
É o backup no computador, o mouse escondido,
as cadeiras longe da janela.
É a marca de mão nos móveis, o embaçado nos vidros,
o desfiado nos tecidos.
É é o ventilador desligado,
a porta do banheiro fechada,
a gaveta da cômoda aberta.
É o coque na minha cabeça,
o amarrotado nas roupas,
as frutas fora da fruteira,
os panos de prato amarrando os armários.
É o meu shampoo cheio de água, a espuma no chão do banheiro,
o brinquedo dentro da privada.
É o interruptor nas tomadas.
É o peixe no aquário,
a árvore de natal,
os "pisca-pisca" de todas as casas.
É o círculo, o susto....
A primeira visão da lua no começo da noite.

O valor do meu trabalho, a vontade de aprender,
a minha força, a minha fraqueza, a minha riqueza.

É o aperto no meu peito diante de uma escada,
a ausência de sono diante de uma febre.
É o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
O cheirinho no meu travesseiro,
o barulho,
a metade,
a cor.

É o vazio triste no silêncio de dormir,
o meu sono leve durante a noite.
A minha pressa de levantar da cama, a minha espera de bom dia.
É o arrepio quando me chama,
a paz quando me abraça,
a emoção quando me olha.

É meu cuidado, a minha fé,
o meu interesse pela vida,
a minha admiração pelas crianças,
o meu respeito pelas pessoas,
o meu amor por Deus.




É o meu ontem,
o meu hoje,
o meu amanhã.
É a vontade,
a inspiração,
a poesia.
A lição, o dever.
É a presença, a surpresa
a esperança.



A minha dedicação.
A minha oração.
A minha gratidão.
O meu amor mais puro e bonito.
A minha vida. 

sábado, 20 de julho de 2013

Saudade

A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

PARABÉNS A TODOS OS MENINOS E MENINAS QUE SOBREVIVERAM AOS ANOS
1930, 40, 50 , 60 E 70!!


Primeiro, sobrevivemos sendo filhos de mães que fumavam, bebiam, enquanto 'nos esperavam chegar'... Nem elas nem nós morremos por isso...

Elas tomavam aspirina, comiam queijos curtidos e azulados sem serem pasteurizados e não faziam teste do pézinho ou de diabete.


E depois do traumático parto, nossos berços eram pintados com tintas à base de chumbo em cores brilhantes lead-based e divertidas.


Não tínhamos tampinhas protetoras para chupetas ou mamadeiras, nem nos frascos de remédios, portas ou tomadas. E quando andávamos nas nossas bicicletas, não usávamos capacetes, isto sem falar dos perigos que corríamos quando pedíamos caronas.

Sendo crianças, andávamos nos carros sem cintos de segurança e sem  air-bags. E não ficávamos só nos bancos de trás...
E andar no bagageiro ou na carroceria de uma pick-up num dia ensolarado de verão era uma diversão premiada !
Bebíamos água no jardim, da mangueira e não de uma garrafa plástica. E era água pura.


Compartilhávamos um refrigerante com outros quatro amigos, todos bebendo da mesma garrafa,  e ninguém  ficou sequer doente por isso .
Comíamos bolos, pão com manteiga e tomávamos refrigerantes açucarados, mas não ficávamos gordos de ficar lesos. Simplesmente porque ESTÁVAMOS SEMPRE BRINCANDO NA RUA, NA CALÇADA, NO QUINTAL OU NO JARDIM, OU NA PRAÇA.

Saíamos de manhã e brincávamos o dia inteiro, desde que voltássemos antes das luzes da rua se acenderem.
Ninguém conseguia falar com a gente o dia todo. E estávamos sempre bem, tanto que sobrevivemos. ..

Passávamos horas construindo carrinhos de caixote para deslizar morro abaixo. Só quando enfiávamos o nariz em alguma árvore, nos lembrávamos que precisava ter freios. Depois de alguns arranhões, aprendemos a resolver isto também, por nossa conta...
Não tínhamos Playstations, Nintendos, Arquivos X, nenhum vídeo game, nem 99 canais de seriados violentos ou novelas peçonhentas, nenhum filme em DVD ou VT ou VHS, nem sistemas de surround sound. Muito menos telefones celulares, ou computadores de bolso, ou Internet ou salas de Chat ...

Amigos,
. ... TÍNHAMOS AMIGOS. . . Íamos lá pra fora e nos encontrávamos ou conhecíamos um novo!

Caíamos de árvores, nos cortávamos, quebrávamos uma canela, um dente, e ninguém processava ninguém por isso. Eram acidentes.

Íamos de bicicleta ou a pé para a casa de algum amigo e batíamos na porta ou tocávamos a campainha ou simplesmente abríamos a porta e entrávamos e ficávamos conversando com eles ou brincando.


Os dentes de leite tinham jogos de teste, mas nem todo mundo passava nem ficava desesperado. Nem os papais interferiam com suas carteiras ou com suas vozes de poder. Tínhamos que aprender a ficar decepcionados. Imagine só!!

Eles estavam sempre ao lado da lei e da ordem... E agora?


Foram essas gerações que produziram alguns dos mais criativo solucionadores de problemas, inventores e autores de todos os tempos!

Nos últimos 50 anos nós testemunhamos uma explosão de novidades e novas idéias.

Tínhamos liberdade, podíamos errar, fracassar, ter sucesso e responsabilidade, e aprendemos que não há nada melhor que ter NASCIDO LIVRES.

POIS SÓ ASSIM APRENDEMOS A VIVER E SOBREVIVER!

VOCÊ que está lendo provavelmente é um de nós.


domingo, 7 de abril de 2013

Preciso me encontrar


Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correrem
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...
Candeia

sábado, 6 de abril de 2013


Mujer (Mulher)

Orishas

Mulher te canto esse hino
Trago a pura verdade,
Incerto e cruel destino,
Meu canto contigo está.
(...)

Na penumbra vive esse ser preso
Por não poder decidir,
Soltar sua voz ao vento,
Trate de resistir
Sem perder o alento
Sem parar nenhum momento.

Séculos trabalhando, dando amor,
A épocas sem rir no tempo
Onde queremos ir,
Os homens do universo
Vamos escrever outro verso já.
(...)

Vem pra cá
Sou como um trem volta a cada hora, como um touro a sufoca-lo.
E hoje me dei conta e vi
Onde haviam saídos seus direitos direto dos fatos
Abusos sexuais,
Exploração de idades,
Corrupção social,
Crimes
Como Mariana Grajales
Está aqui escrita na história
Mas uma vitória ainda não está consagrada.
Tem que seguir com força e que todos lutem pelo amor,
Reivindicando para o progresso da mulher
Embora, que se há logrado um grande trecho.
Te digo de fato, quando tuas lágrimas grita, a mãe acalma no peito.
(...)
Me resguardo no lápis, respiro com o espírito
Se sente feliz
Nada de personalidade
Transa, realça a ti mulher
Criadora de raças
Maltrato físico, castigo duro é o que domina
Mulher não pare, a batalha
Não está ganha.
Falta muito para andar nesta gangue,
Juntos a guerra está triunfada.
Você quer todo o respeito, nenhum estress.
Hoje por mim será premiada
E sobre continuaremos a batalha
Toda está merda se acabará.
Tua posição será respeitada,
Altos níveis, ela está apoiada
(...)






Mulheres - Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.


Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.


Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.


Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.


Pablo Neruda

Há Quarenta anos...

Discurso feito na ONU em dezembro de 1972, pouco antes do golpe do Pinochet:

"O drama de minha pátria é o de um Vietnan silencioso. Não há tropas de ocupação nem aviões no céu do Chile. Mas enfrentamos um bloqueio econômico e estamos privados de linhas de crédito pelos organismos de financiamento internacionais. Estamos diante de um verdadeiro conflito entre as multinacionais e os Estados. Estes já não são donos de suas decisões fundamentais, políticas, econômicas e militares por causa das multinacionais que não dependem de nenhum Estado. Elas operam sem assumir suas responsabilidades e não são controladas por nenhum parlamento ou nenhuma instância representativa do interesse geral. Em suma, é a estrutura política do mundo que está abalada. As grandes empresas multinacionais prejudicam os interesses dos países em vias de desenvolvimento. Suas atividades subjulgadoras e sem controle prejudicam também os países industrializados em que se instalam." Salvador Allende.

O outro lado...
Costuma-se dizer que o capitalismo é um estado natural da humanidade. Assim, se o capitalismo tem suas catástrofes, essas são igualmente catástrofes naturais, sem rosto, sem responsável. Afinal, como responsabilizar o índice Dow Jones? Como odiar uma instituição como o FMI? O LIVRO NEGRO DO CAPITALISMO é uma obra atual, séria e documentada sobre aspectos essenciais de um modelo econômico, de uma ideologia e de uma política que, na sua prática, têm ? ao longo da história e em todo o mundo ? produzido injustiça, discriminação, desigualdade e exclusão social.
Organizado por Gilles Perrault, esta obra reúne artigos de historiadores, economistas, sociólogos, sindicalistas e escritores como Jean Suret-Canale, Phillippe Paraire, Claude Willard, Pierre Durand, François Delpla, Robert Pac e Jean Ziegler. Cada um escolheu sobre que variável do capitalismo escrever: Escravidão, repressão, tortura, violência, roubo de terras e recursos naturais, criação e divisão artificial de países, imposição de ditaduras, embargos econômicos, destruição dos modos de vida dos povos e das culturais tradicionais, devastação ambiental, desastres ecológicos, fome e miséria.
Mas que adversário real ainda pode existir para o capitalismo, depois de ele ter vencido todas as batalhas? Para Gilles Perrault, o adversário é a multidão civil envolvida no processo. ?O fantasma daquela multidão deportada da África para as Américas, daqueles sacrificados nas trincheiras de uma guerra absurda, daqueles queimados vivos pelo napalm, torturados até a morte nas celas dos cães de guarda do capitalismo, os fuzilados na Espanha, os fuzilados na Argélia, as centenas de milhares de massacrados na Indonésia, os que foram quase erradicados, como os índios das Américas, os que foram sistematicamente assassinados na China para garantir a livre circulação do ópio. De todos aqueles, as mãos dos sobreviventes receberam a chama da revolta do homem a quem a dignidade foi negada. As mãos quase inertes das crianças do Terceiro Mundo diariamente mortas aos milhares pela subnutrição, as mãos descarnadas dos povos condenados a pagar os juros de uma dívida que serviu apenas para enriquecer seus dirigentes, as mãos trêmulas dos que mendigam ao lado da opulência. Mãos que ainda irão se unir.?

segunda-feira, 18 de março de 2013

A MELHOR AULA DE DIREITO...

Quando o novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez
foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:

- Como te chamas?
- Chamo-me João, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais!

João, desconcertado, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.

Todos estavam assustados e indignados, porém, ninguém falou nada.

- Agora sim! Vamos à aula. Para que servem as leis?...

Assustados, pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não!
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Também não. Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?

Todos começaram a ficar incomodados pela atitude grosseira, porém, seguiram respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais?
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal. Entao respondam: Agi corretamente ao expulsar João da sala de aula?...

Todos ficaram calados, ninguém respondeu.

- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Nãoooo... - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Simmmmm...
- E por que ninguém fez nada a respeito?

Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?

Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.

Não voltem a ficar calados, nunca mais!

Vão buscar o João.

Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.

Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

sexta-feira, 15 de março de 2013

"É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual"
(Pablo Neruda)
CARTA DE ABRAHAM LINCOLN PARA O PROFESSOR DE SEU FILHO.


"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.

Ensine-o, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.

Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.

Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.“

quarta-feira, 13 de março de 2013

Amor incondicional

Duas vidas plenas.
Dois exemplos de que vale à pena ser mãe.
Valeu, por elas.

Vida?

Confesso: às vezes, duvido da finalidade da vida...

????????http://oglobo.globo.com/mundo/irma-de-jesuita-preso-durante-ditadura-contesta-escolha-do-papa-7834066


Irmã de jesuíta preso durante ditadura contesta escolha do Papa

  • ‘Igreja Católica escolheu uma pessoa que foi cúmplice de um governo genocida’
O argentino Jorge Mario Bergoglio, ao lado do cardeal brasileiro dom Claudio Hummes, acena, da sacada do Vaticano, para a multidão reunida na Praça de São Pedro após ser eleito Papa Francisco Foto: AP
O argentino Jorge Mario Bergoglio, ao lado do cardeal brasileiro dom Claudio Hummes, acena, da sacada do Vaticano, para a multidão reunida na Praça de São Pedro após ser eleito Papa Francisco AP
BUENOS AIRES — Quando ouviu o nome do novo Papa, a argentina Graciela Yorio sentiu que o mundo caia sobre sua cabeça. Para ela, Jorge Mario Bergoglio, desde hoje o Papa Francisco, é “autor intelectual do sequestro do sacerdote jesuíta Orlando Yorio”, seu irmão, que em 1976 esteve cinco meses detido na Escola de Mecânica da Marinha (Esma, na sigla em espanhol), um dos principais centros clandestinos de tortura da última ditadura argentina (1976-1983).

Em entrevista ao GLOBO, Estela de la Cuadra, que até hoje procura sua sobrinha, Ana, nascida na mesa de uma delegacia em junho de 1977, assegurou que “a Igreja Católica escolheu uma pessoa que para nós, familiares de vítimas da repressão exercida pelos militares, foi cúmplice de um governo genocida”.A pedido da família de Yorio, falecido de um ataque cardíaco há 13 anos, Bergoglio participou como testemunha do julgamento sobre crimes cometidos na Esma, há dois anos. O novo Papa também foi convocado como testemunha pelo tribunal que julgou a implementação do chamado Plano Sistemático de Roubo de Bebês (filhos de mulheres que, em sua grande maioria, estão desaparecidas) durante o regime militar.
A indignação de Graciela e Estele reflete, em grande medida, o clima que se viveu nesta quarta-feira em associações de defesa dos direitos humanos da Argentina. Nas sedes das Mães e Avós da Praça de Maio, entre outras ONGs locais, seus representantes receberam com surpresa e estupor o nome do novo Papa. Para este setor da sociedade argentina, acompanhado nas redes sociais por dirigentes esquerdistas, a escolha de Bergoglio foi difícil de digerir.
Graciela e Estela não duvidam em considerar o ex-Arcebispo de Buenos Aires “representante de uma Igreja que permitiu, como muitos outros atores da sociedade argentina, a perseguição, sequestro e assassinato de milhares de pessoas em nosso país”. A cumplicidade da Igreja foi confirmada recentemente por um tribunal da província de La Rioja, onde estão sendo julgados crimes da ditadura. No entanto, neste caso, o nome do novo Papa não foi mencionado.
- Até hoje, a Igreja continua sem colaborar com as investigações da Justiça. Bergoglio nunca quis abrir os arquivos da Conferência Episcopal - lamentou Graciela.
Na década de 70, Bergoglio era o general dos Jesuítas na Argentina, ou seja, a principal autoridade da congregação no país. Nos últimos anos, seus amigos e colaboradores asseguraram, em conversas informais, que o novo Papa ajudou muitas pessoas na época e nada teve a ver com o sequestro e desaparecimento de opositores do regime militar. Pelo contrário. Insistem em defini-lo como “um homem que fez o que pode para ajudar”. O nome do ex-Arcebispo de Buenos Aires, porém, surgiu em dois processos judiciais encerrados com condenações de cadeia perpétua para figuras de proa do regime militar, entre elas o ex-ditador Jorge Rafael Videla, considerado o principal responsável pelo roubo de bebês.
O caso de Elena de la Cuadra (sequestrada quando estava grávida de cinco meses), irmã de Estela, foi um dos julgados e condenados. Após o sequestro de Elena, sua família pediu, pessoalmente, ajuda a Bergoglio. Na época, lembrou Estela, “ele escreveu uma carta pedindo a outros membros da Igreja que nos ajudassem, mas foi inútil. Terminaram nos dizendo que a situação era irreversível, que Ana, minha sobrinha nascida numa delegacia, estava com uma boa família, que cuidaria muito dela”.
- Há alguns anos, Bergoglio disse que ficara sabendo da situação dos bebês roubados há pouco tempo. Isso é mentira, porque ele, pessoalmente, nos recebeu durante a ditadura - enfatizou Estela.
Ela afirmou que “muitos dos bebês eram distribuídos pelo Movimento de Famílias Cristãs, fortemente vinculado à Igreja”.
- Agora que é Papa, Bergoglio tem a obrigação de nos dizer onde estão as crianças roubadas - insistiu Estela.
Jornalista denunciou Papa de conexão com desaparecimentos
O caso de Yorio é diferente. O sacerdote foi sequestrado junto com outro colega jesuíta, Francisco Jalics, e esteve cinco meses preso na Esma, onde ambos, segundo eles mesmos confirmaram, foram torturados. Os dois conseguiram sobreviver e após terem sido libertados rumaram para o exílio. Orlando morreu em 2000 e Francisco vive atualmente na Alemanha. Em investigações publicadas em livros e no jornal “Página 12”, o jornalista Horacio Verbitsky acusou Bergoglio de estar vinculado à detenção de ambos sacerdotes. O ex-Arcebispo de Buenos Aires negou as denúncias em depoimento ao tribunal que julgou o caso - que incluiu outras violações dos direitos humanos cometidas no âmbito da Esma -, mas a família das vítimas insistem.
- Bergoglio os desprotegeu. Como meu irmão e Francisco não seguiram os conselhos de deixar de viver numa favela, foram expulsos da congregação pelas pressões da ditadura, que achava que eram subversivos, e posteriormente presos - contou Graciela.
Segundo ela, Bergoglio era o chefe imediato de seu irmão e após o sequestro visitou a minha família.
- Ele nos disse que sobre Orlando não se falava mais, dando a entender que ele estava morto. Nossa sensação é de que ele os entregou. Quando meu irmão e Francisco foram soltos, telefonaram para Bergoglio e ele lhes disse que não podia ajudá-los - afirmou Graciela.
Nos próximos meses, ela pretendia apresentar novas testemunhas aos tribunais de Buenos Aires, para tentar “confirmar que Bergoglio foi o autor intelectual do sequestro. Com esta notícia estamos destruídos, o processo não poderá mais avançar”.


Oração



Mas  não deixe nossos inimigos nos vencerem.
Não permita a vitória dos maus sobre os bons.
Que me conduza, e à minha família, pelos caminhos do amor,
da justiça, da solidariedade, da prosperidade.
Em paz.
Amém.

sábado, 9 de março de 2013

A linha-tronco do Gasduc III atravessa oito municípios do Rio de Janeiro ( inclusive  Rio das Ostras ) e passa por áreas urbanas. O Gasduc III é o maior gasoduto em diâmetro da América do Sul, com 38 polegadas (equivalente a 96,5 cm) e tem a maior capacidade de transporte (40 milhões de metros cúbicos por dia) entre os gasodutos brasileiros. Há PL na Alerj para taxar oleoduto. Por que não taxar gasoduto?

www.esteio.com.br/?pagina=servicos/executados/cartografia_dutos/cabiunas.php



terça-feira, 5 de março de 2013

O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

"O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade. Quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!"

domingo, 3 de março de 2013

Escolhas



"A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!"

(Pedro Bial.que não é só BBB. Ainda bem.)

Que reste-t-il de nos amours

Ce soir le vent qui frappe à ma porte
Me parle des amours mortes
Devant le feu qui s' éteint
Ce soir c'est une chanson d' automne
Dans la maison qui frissonne
Et je pense aux jours lointains

Que reste-t-il de nos amours
Que reste-t-il de ces beaux jours
Une photo, vieille photo
De ma jeunesse
Que reste-t-il des billets doux
Des mois d' avril, des rendez-vous
Un souvenir qui me poursuit
Sans cesse

Bonheur fané, cheveux au vent
Baisers volés, rêves mouvants
Que reste-t-il de tout cela
Dites-le-moi

Un petit village, un vieux clocher
Un paysage si bien caché
Et dans un nuage le cher visage
De mon passé

Les mots les mots tendres qu'on murmure
Les caresses les plus pures
Les serments au fond des bois
Les fleurs qu'on retrouve dans un livre
Dont le parfum vous enivre
Se sont envolés pourquoi?


Que reste-t-il de nos amours
Que reste-t-il de ces beaux jours
Une photo, vieille photo
De ma jeunesse
Que reste-t-il des billets doux
Des mois d' avril, des rendez-vous
Un souvenir qui me poursuit
Sans cesse...


sexta-feira, 1 de março de 2013

Vida Interior



Vida interior



O que a gente faz com tudo o que não diz, não vive, não acontece? O que a gente faz com todos os sentimentos que não são digeridos, que ficam batendo na porta dos pensamentos insistentemente, querendo sair, querendo explodir de uma vez por todas? Me diga, o que a gente faz com um coração que não nos deixa em paz? Guardamos tudo. Vira vida interior. E depois nos contorcemos em aguentar o peso de dentro ao mesmo tempo que parecemos normais, simpáticos, sorridentes e equilibrados. E é um saco ter que sobreviver em duas vidas paralelas.carolbard


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Concedei-me, Senhor.


Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar;
Coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir umas das outras.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz;
Aceitando, como Ele fez, o mundo pecador tal como é, e não como gostaria que fosse;
Confiando que Deus fará bem todas as coisas se eu me render à Sua vontade;
Para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele para sempre na próxima.
Amém.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Redemoinho de Emoções.


Morre Lentamente

Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar,
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos.
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor
Ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão
E seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos
E os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa
Quando está infeliz com o seu trabalho ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje!
Arrisque hoje!
Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se esqueça de ser feliz!
(Pablo Neruda)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Ser feliz


"Gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando "realizado", também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo." - Martha Medeiros -

Madá amada.

"Tem gente que Deus coloca na nossa vida só pra nos dar paz. Que nos empurra pro melhor de nós, que nos guia pro caminho do bem. Gente que é sorriso em dia feio, que é suporte quando parece faltar chão. Tem gente que pensa e repensa jeitos de nos fazer bem, que se preocupa e demonstra.Gente que é abraço, mesmo de longe, e a certeza que tudo vai dar certo.Que empresta coração pra gente morar, que planta pensamentos bonitos nos dias da gente…" 



Desejo.

"Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.
 Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que   puder emocionar.
 Desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida.
 Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente...
 Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
 Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade."
 Carlos Drummond de Andrade -
Foto: "Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada. Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar. Desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade." - Carlos Drummond de Andrade -
Rumo à felicidade.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Utopia


“El derecho al delírio” , por Eduardo Galeano
O que acham se delirarmos um pouquinho? O que acham se fixarmos nossos olhos mais além da infâmia, para imaginar outro mundo possível.
O ar estará  limpo de todo o veneno que não venha dos medos humanos e das humanas paixões;
Nas ruas, os carros serão esmagados pelos cães;
As pessoas não serão mais dirigidas pelos carros, nem serão programadas pelo computador, nem serão compradas por supermercados, nem também assistidas pela TV;
A TV deixará de ser o membro mais importante da família e será tratada como um ferro de passar ou máquina de lavar roupa;
Será incorporado aos códigos penais o crime de estupidez para aqueles que cometem viver por dinheiro e ganância ao invés de viver para viver simplesmente, assim como canta o pássaro sem saber que canta e como brinca a criança sem saber que brinca;
Em nenhum país serão presos rapazes que se negam a prestar o serviço militar se não os que queiram prestá-lo.
Ninguém viverá para trabalhar, todos trabalharemos  para viver;
Os economistas não chamarão mais o nível de vida de nível de nível de consumo e nem chamarão de qualidade de vida a quantidade de coisas acumuladas;
Os cozinheiros não mais acreditarão que as lagostas amam ser fervidas vivas;
Os historiadores não mais acreditarão que os países gostam de ser invadidos e os políticos não acreditarão que os pobres adoram comer promessas;
A solenidade deixará de ser considerada virtude;
E Ninguém, ninguém levará a sério alguém que não seja capaz de tirar sarro de si mesmo;
A morte e o dinheiro perderão seus poderes mágicos e nem por falecimento e nem por fortuna um canalha se tornará um virtuoso cavalheir;o
A comida não será uma mercadoria nem a comunicação um negócio, porque a comida e a comunicação são direitos humanos;
Ninguém morrerá de fome, porque ninguém morrerá de indigestão;
As crianças de rua não serão mais tratadas como lixo, porque não haverá mais crianças de rua, as crianças ricas não serão tratadas como se fossem dinheiro, porque não haverá crianças ricas;
A educação não será privilégio daqueles que podem pagá-la;
A polícia não será a maldição de quem não possa comprá-la;
A justiça e a liberdade, irmãs siamesas, condenadas a viver separadas, serão novamente juntas de volta, bem grudadinhas, costas com costas;
Na Argentina, as “Loucas da Plaza de Mayo” serão um exemplo de saúde mental, porque elas se negaram a esquecer nos tempos da amnésia obrigatória;
A Santa Madre Igreja corrigirá alguns erros das escrituras de Moisés, e o sexto mandamento mandará festejar o corpo.  A  igreja também realizará outro mandamento que Deus havia esquecido: “Amarás a natureza da qual fazes parte”;
Serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma;
Os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles são os que se desesperaram de tanto esperar e eles se perderam de tanto procurar;
Seremos compatriotas e contemporâneos de todos os que tenham vontade de beleza e vontade de justiça, hajam nascido quando hajam nascido e tenham vivido onde tenham vivido, sem se importarem nem um pouquinho com as fronteiras do mapa e ou do tempo,
Seremos imperfeitos porque a perfeição continuará sendo um privilégio aborrecido dos Deuses, mas neste mundo, neste mundo trapalhão e fodido, seremos capazes de viver cada dia como se fosse o primeiro e cada noite como se fosse a última.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Um amigo


Passados mais de 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.

Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

Mas.... os verdadeiros amigos estão lá, 
Não importa quanto tempo e quantos quilômetros
estejam entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante
do que o alcance de uma necessidade, 
torcendo por você, 
intervindo a seu favor 
e esperando você de braços abertos;
 abençoando sua vida!

Todos nós, quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das incríveis alegrias 
ou tristezas que estavam adiante, nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

A amizade não se resume só em horas boas, alegria e festa. 
Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.



Bem querer.



"O bem querer, esse sentimento pouco reconhecido.

Claro, existe a paixão, que arde em brasa, enlouquece, dá cor e emoção pra nossa rotina besta. Sim, existe o amor também, essa coisa cheia de compaixão e respeito, que pode nascer da paixão, da amizade ou dos laços sanguíneos.

Mas o bem querer, ah, o bem querer... esse sim. Tão simples, tão completo.

Ele pode existir ao mesmo tempo, com o amor, a amizade, a paixão, o laço sanguíneo. Não tem tempo ruim pro bem querer. É legal pacas.

É legal pacas porque a base do bem querer é essa: querer bem. Você quer o bem da outra pessoa, ponto. Não quer ela pra você. Com você. Por você. Você quer o bem da outra pessoa. Ponto.

Mais que amor, mais que paixão, mais que amizade, mais que laço sanguíneo. E ao mesmo tempo paixão, amor, amizade e laço sanguíneo. Bem querer." Eterno.

(Desconheço o Autor, infelizmente)

Matenidade



Belo texto sobre a maternidade. Na verdade, perfeito! Vale a pena a leitura.Infelizmente, não identifiquei o/a Autor/a.


“Estávamos sentadas almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em 'começar uma família'.

'Nós estamos fazendo uma pesquisa', ela diz, meio de brincadeira. 'Você acha que eu deveria ter um bebê?' 

Vai mudar a sua vida' eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro. 
'Eu sei' ela diz, 'nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .' 
Não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma marca emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável. 
Penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar 'E se tivesse sido o MEU filho?' Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças sofrendo, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho sofrer. 
Olho para suas unhas com a manicure impecável, sua roupa estilosa e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de 'Mãe!' fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante. 
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será, de certa forma, arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, uma ótima babá... mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem. 
Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald's se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas com profundidade. 
Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe. 
Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, terá um valor diferente quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida – não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles. 
O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas. 
Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados. 
Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto ameaças para o futuro de meus filhos. 
Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta... 
Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez... 
Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer...
O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.
'Você jamais se arrependerá', digo finalmente. 
Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus... que é ser Mãe.”

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Maravilhas da Natureza...leveza

Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho.

As belezas que se mostram sem fazer suspense.
As afeições compartilhadas sem esforço.
As vezes em que a vida nos tira pra dançar sem nos dar tempo de recusar o convite.
As maravilhas todas da natureza, sempre surpreendentes, à espera da nossa entrega apreciativa.
A compreensão que floresce, clara e mansa, quando os olhos que veem são da bondade.
Abençoados sejam os presentes fáceis de serem abertos.
Os encantos que desnudam o erotismo da alma.
Os momentos felizes que passam longe das catracas da expectativa.
Os improvisos bons que desmancham o penteado arrumadinho dos roteiros da gente.
Os diálogos que acontecem no idioma pátrio do coração.
Abençoada seja a leveza, meu Deus.
Ana Jácomo

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Amo.





Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, 
assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente,

 odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;

 adicionamos anos à nossa vida
 e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, 
mas temos dificuldade em cruzar a rua
 e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores,

 mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar,mas poluímos a alma; dominamos o átomo,

mas não nosso preconceito; escrevemos mais, 
mas aprendemos menos; planejamos mais,
 mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e

 não a esperar.
Construímos mais computadores

para armazenar mais informação,
 produzir mais cópias do que nunca,
 mas nos comunicamos menos.
 Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
 do homem grande de caráter pequeno,
 lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios,
 casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas,

 fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".
Um momento de muita coisa na vitrine

 e muito pouco na despensa.
Uma era que leva essa carta a você, 

e uma era que te permite dividir essa reflexão
 ou simplesmente clicar 'delete'.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame... Ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
George Carlin


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Lembranças.



Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
Álvaro de Campos

Ignorância


Ignorância



Diz um bom cliente, em tom de desabafo, ao mesmo tempo que coloca no balcão mais uns quantos livros:
- Sabe, quanto mais leio menos convicções tenho.
- Não diga isso...
- Garanto-lhe. Não sei porque compro e leio tantos livros.
- Não diga isso...
- Deixei de ter convicções. Olhe, é como dizia o filosofo: «Apenas tem convicções aquele que nada aprofundou».
- Não diga isso...
- Não só o digo, como afirmo: «Felizes aqueles que são ignorantes».
- Estranho…
- O que tem de estranho?
- Nada… apenas estava a pensar alto no que me acabou de dizer.
- Como assim? Pergunta o cliente curioso.
- Não deve ser nada de importante… No entanto, a ser verdade o que diz, não acha que se veria por aí muito mais gente feliz?

Jaime Bulhosa
http://www.livrariapodoslivros.blogspot.com.br/

Natureza


Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar…