Não é uma questão de opinião - Jéssica França
Um filme francês”.”Não, querida, acho que você não entendeu direito. Perguntei o que você quer ser quando crescer”. Quem não estava entendendo era ela. “Um filme francês”, respondi em alto e bom som. Quase gritando. Não de raiva, de paixão, mesmo. Mas é assim, o mundo não entende que o que nos faz bem, a gente quer pra vida inteira, transbordando, escorrendo. Correndo, o coração. Saltando os degraus, andado devagar, dando pulinhos. Não precisa ter nexo, o que nos faz querer abraçar cada passarinho que passa voando baixo é essa coisa louca, desenfreada mesmo.
Agora vamos falar sério: o que dá nessa gente pra ser tão infeliz? Eu ouço, vejo, sinto pessoas reclamando da vida, da morte, do pé com calo, do sapato que furou, da promoção que perdeu, da bala que caiu no chão, do carinha que não olhou pra ela, da menina que deu um pé nele… E tudo isso vira motivo pra por fim à vida. Pra por não, pra querer. Pra sair matracando por aí, enchendo os ouvidos e o saco dos outros. Cara, tem gente morrendo de fome, de sede, de frio. Tem gente doente, em estado terminal, em coma, esperando um coração, um rim e você aí, falando merda porque seu pai não deu dinheiro pra você viajar. Você, que todos os dias tem um cobertor, um prato de feijão e um abraço quentinho da sua mãe, tia, sobrinha. Você aí mesmo, que tá me xingando em pensamento porque a vida é sua e você pensa o que quiser, faz o que quiser, se mata se quiser. Tem gente lutando pra viver, pra comer, pra andar e nem por isso precisa sair quebrando portas e desferindo sorrisos falsos toda manhã, patadas toda tarde e piadinhas toda noite. Sinceramente, eu sentiria vergonha. E clichê não sou eu, é você que repete a mesma conversinha mole todos os dias, ao invés de tentar mudar seus rumos, suas atitudes, sua vida.
E por mais hipócrita que esse texto possa parecer, eu espero que consiga fazer você abrir seus olhos, antes que eles se fechem de verdade.
Agora vamos falar sério: o que dá nessa gente pra ser tão infeliz? Eu ouço, vejo, sinto pessoas reclamando da vida, da morte, do pé com calo, do sapato que furou, da promoção que perdeu, da bala que caiu no chão, do carinha que não olhou pra ela, da menina que deu um pé nele… E tudo isso vira motivo pra por fim à vida. Pra por não, pra querer. Pra sair matracando por aí, enchendo os ouvidos e o saco dos outros. Cara, tem gente morrendo de fome, de sede, de frio. Tem gente doente, em estado terminal, em coma, esperando um coração, um rim e você aí, falando merda porque seu pai não deu dinheiro pra você viajar. Você, que todos os dias tem um cobertor, um prato de feijão e um abraço quentinho da sua mãe, tia, sobrinha. Você aí mesmo, que tá me xingando em pensamento porque a vida é sua e você pensa o que quiser, faz o que quiser, se mata se quiser. Tem gente lutando pra viver, pra comer, pra andar e nem por isso precisa sair quebrando portas e desferindo sorrisos falsos toda manhã, patadas toda tarde e piadinhas toda noite. Sinceramente, eu sentiria vergonha. E clichê não sou eu, é você que repete a mesma conversinha mole todos os dias, ao invés de tentar mudar seus rumos, suas atitudes, sua vida.
E por mais hipócrita que esse texto possa parecer, eu espero que consiga fazer você abrir seus olhos, antes que eles se fechem de verdade.