quarta-feira, 17 de abril de 2013

PARABÉNS A TODOS OS MENINOS E MENINAS QUE SOBREVIVERAM AOS ANOS
1930, 40, 50 , 60 E 70!!


Primeiro, sobrevivemos sendo filhos de mães que fumavam, bebiam, enquanto 'nos esperavam chegar'... Nem elas nem nós morremos por isso...

Elas tomavam aspirina, comiam queijos curtidos e azulados sem serem pasteurizados e não faziam teste do pézinho ou de diabete.


E depois do traumático parto, nossos berços eram pintados com tintas à base de chumbo em cores brilhantes lead-based e divertidas.


Não tínhamos tampinhas protetoras para chupetas ou mamadeiras, nem nos frascos de remédios, portas ou tomadas. E quando andávamos nas nossas bicicletas, não usávamos capacetes, isto sem falar dos perigos que corríamos quando pedíamos caronas.

Sendo crianças, andávamos nos carros sem cintos de segurança e sem  air-bags. E não ficávamos só nos bancos de trás...
E andar no bagageiro ou na carroceria de uma pick-up num dia ensolarado de verão era uma diversão premiada !
Bebíamos água no jardim, da mangueira e não de uma garrafa plástica. E era água pura.


Compartilhávamos um refrigerante com outros quatro amigos, todos bebendo da mesma garrafa,  e ninguém  ficou sequer doente por isso .
Comíamos bolos, pão com manteiga e tomávamos refrigerantes açucarados, mas não ficávamos gordos de ficar lesos. Simplesmente porque ESTÁVAMOS SEMPRE BRINCANDO NA RUA, NA CALÇADA, NO QUINTAL OU NO JARDIM, OU NA PRAÇA.

Saíamos de manhã e brincávamos o dia inteiro, desde que voltássemos antes das luzes da rua se acenderem.
Ninguém conseguia falar com a gente o dia todo. E estávamos sempre bem, tanto que sobrevivemos. ..

Passávamos horas construindo carrinhos de caixote para deslizar morro abaixo. Só quando enfiávamos o nariz em alguma árvore, nos lembrávamos que precisava ter freios. Depois de alguns arranhões, aprendemos a resolver isto também, por nossa conta...
Não tínhamos Playstations, Nintendos, Arquivos X, nenhum vídeo game, nem 99 canais de seriados violentos ou novelas peçonhentas, nenhum filme em DVD ou VT ou VHS, nem sistemas de surround sound. Muito menos telefones celulares, ou computadores de bolso, ou Internet ou salas de Chat ...

Amigos,
. ... TÍNHAMOS AMIGOS. . . Íamos lá pra fora e nos encontrávamos ou conhecíamos um novo!

Caíamos de árvores, nos cortávamos, quebrávamos uma canela, um dente, e ninguém processava ninguém por isso. Eram acidentes.

Íamos de bicicleta ou a pé para a casa de algum amigo e batíamos na porta ou tocávamos a campainha ou simplesmente abríamos a porta e entrávamos e ficávamos conversando com eles ou brincando.


Os dentes de leite tinham jogos de teste, mas nem todo mundo passava nem ficava desesperado. Nem os papais interferiam com suas carteiras ou com suas vozes de poder. Tínhamos que aprender a ficar decepcionados. Imagine só!!

Eles estavam sempre ao lado da lei e da ordem... E agora?


Foram essas gerações que produziram alguns dos mais criativo solucionadores de problemas, inventores e autores de todos os tempos!

Nos últimos 50 anos nós testemunhamos uma explosão de novidades e novas idéias.

Tínhamos liberdade, podíamos errar, fracassar, ter sucesso e responsabilidade, e aprendemos que não há nada melhor que ter NASCIDO LIVRES.

POIS SÓ ASSIM APRENDEMOS A VIVER E SOBREVIVER!

VOCÊ que está lendo provavelmente é um de nós.


domingo, 7 de abril de 2013

Preciso me encontrar


Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correrem
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...
Candeia

sábado, 6 de abril de 2013


Mujer (Mulher)

Orishas

Mulher te canto esse hino
Trago a pura verdade,
Incerto e cruel destino,
Meu canto contigo está.
(...)

Na penumbra vive esse ser preso
Por não poder decidir,
Soltar sua voz ao vento,
Trate de resistir
Sem perder o alento
Sem parar nenhum momento.

Séculos trabalhando, dando amor,
A épocas sem rir no tempo
Onde queremos ir,
Os homens do universo
Vamos escrever outro verso já.
(...)

Vem pra cá
Sou como um trem volta a cada hora, como um touro a sufoca-lo.
E hoje me dei conta e vi
Onde haviam saídos seus direitos direto dos fatos
Abusos sexuais,
Exploração de idades,
Corrupção social,
Crimes
Como Mariana Grajales
Está aqui escrita na história
Mas uma vitória ainda não está consagrada.
Tem que seguir com força e que todos lutem pelo amor,
Reivindicando para o progresso da mulher
Embora, que se há logrado um grande trecho.
Te digo de fato, quando tuas lágrimas grita, a mãe acalma no peito.
(...)
Me resguardo no lápis, respiro com o espírito
Se sente feliz
Nada de personalidade
Transa, realça a ti mulher
Criadora de raças
Maltrato físico, castigo duro é o que domina
Mulher não pare, a batalha
Não está ganha.
Falta muito para andar nesta gangue,
Juntos a guerra está triunfada.
Você quer todo o respeito, nenhum estress.
Hoje por mim será premiada
E sobre continuaremos a batalha
Toda está merda se acabará.
Tua posição será respeitada,
Altos níveis, ela está apoiada
(...)






Mulheres - Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.


Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.


Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.


Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.


Pablo Neruda

Há Quarenta anos...

Discurso feito na ONU em dezembro de 1972, pouco antes do golpe do Pinochet:

"O drama de minha pátria é o de um Vietnan silencioso. Não há tropas de ocupação nem aviões no céu do Chile. Mas enfrentamos um bloqueio econômico e estamos privados de linhas de crédito pelos organismos de financiamento internacionais. Estamos diante de um verdadeiro conflito entre as multinacionais e os Estados. Estes já não são donos de suas decisões fundamentais, políticas, econômicas e militares por causa das multinacionais que não dependem de nenhum Estado. Elas operam sem assumir suas responsabilidades e não são controladas por nenhum parlamento ou nenhuma instância representativa do interesse geral. Em suma, é a estrutura política do mundo que está abalada. As grandes empresas multinacionais prejudicam os interesses dos países em vias de desenvolvimento. Suas atividades subjulgadoras e sem controle prejudicam também os países industrializados em que se instalam." Salvador Allende.

O outro lado...
Costuma-se dizer que o capitalismo é um estado natural da humanidade. Assim, se o capitalismo tem suas catástrofes, essas são igualmente catástrofes naturais, sem rosto, sem responsável. Afinal, como responsabilizar o índice Dow Jones? Como odiar uma instituição como o FMI? O LIVRO NEGRO DO CAPITALISMO é uma obra atual, séria e documentada sobre aspectos essenciais de um modelo econômico, de uma ideologia e de uma política que, na sua prática, têm ? ao longo da história e em todo o mundo ? produzido injustiça, discriminação, desigualdade e exclusão social.
Organizado por Gilles Perrault, esta obra reúne artigos de historiadores, economistas, sociólogos, sindicalistas e escritores como Jean Suret-Canale, Phillippe Paraire, Claude Willard, Pierre Durand, François Delpla, Robert Pac e Jean Ziegler. Cada um escolheu sobre que variável do capitalismo escrever: Escravidão, repressão, tortura, violência, roubo de terras e recursos naturais, criação e divisão artificial de países, imposição de ditaduras, embargos econômicos, destruição dos modos de vida dos povos e das culturais tradicionais, devastação ambiental, desastres ecológicos, fome e miséria.
Mas que adversário real ainda pode existir para o capitalismo, depois de ele ter vencido todas as batalhas? Para Gilles Perrault, o adversário é a multidão civil envolvida no processo. ?O fantasma daquela multidão deportada da África para as Américas, daqueles sacrificados nas trincheiras de uma guerra absurda, daqueles queimados vivos pelo napalm, torturados até a morte nas celas dos cães de guarda do capitalismo, os fuzilados na Espanha, os fuzilados na Argélia, as centenas de milhares de massacrados na Indonésia, os que foram quase erradicados, como os índios das Américas, os que foram sistematicamente assassinados na China para garantir a livre circulação do ópio. De todos aqueles, as mãos dos sobreviventes receberam a chama da revolta do homem a quem a dignidade foi negada. As mãos quase inertes das crianças do Terceiro Mundo diariamente mortas aos milhares pela subnutrição, as mãos descarnadas dos povos condenados a pagar os juros de uma dívida que serviu apenas para enriquecer seus dirigentes, as mãos trêmulas dos que mendigam ao lado da opulência. Mãos que ainda irão se unir.?